Reza um velho fado coimbrão: Morrer é estar o dia todo
inteiro sem te ver. Em parte.
Definir a morte é um erro sociológico: o sujeito só conhece o objecto quando já não pode ser sujeito. Assim, levar a coisa para o infinito (não há dias inteiros porque há poentes) é um movimento de cabra-de-leque, uma ilusão de óptica (para quem conheça a cabra-de-leque).
Quando os outros nos morrem é que os vemos muito bem. É o único sentido que permanece independente da psicose.
Definir a morte é um erro sociológico: o sujeito só conhece o objecto quando já não pode ser sujeito. Assim, levar a coisa para o infinito (não há dias inteiros porque há poentes) é um movimento de cabra-de-leque, uma ilusão de óptica (para quem conheça a cabra-de-leque).
Quando os outros nos morrem é que os vemos muito bem. É o único sentido que permanece independente da psicose.
Filipe Nunes Vicente
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