Luz Vegetal
Egito Gonçalves
Capa: Armando
Alves
Limiar, Porto,
Dezembro de 1975
Falo alto para sentir o som do que escrevo, a vida das
palavras que arrancam do sal que mantenho na ferida.
Mas não pronuncio o teu nome, És um ser abstracto
no fundo da dor.
Não é para ti. Nem por ti. De um fogo incinerado
Extraio vocábulos insepultos.
O mistério é pensar que se ainda existes
és agora
alguém que não conheço.
Nota do autor: Luz Vegetal inclui um ciclo de poemas escrito em um ano: de Setembro de 1971 a Setembro 1972. Este poema enviado para um jornal de província, foi proibido pela censura.
Nota do autor: Luz Vegetal inclui um ciclo de poemas escrito em um ano: de Setembro de 1971 a Setembro 1972. Este poema enviado para um jornal de província, foi proibido pela censura.
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