Em Dezembro de 1975 a «EVA» de Natal vendia-se nas ruas da Baixa e, entre os muitos prémios, havia 2 automóveis e 1 casa.
Sobre a «Eva» deNatal já aqui se falou. e o José Gomes Ferreira
contava uma saborosa história.
O segredo do êxito do número do Natal da Eva que, conforme diz o Carlos
atinge a tiragem de 200 000 exemplares, reside em ser uma espécie de bilhete da
lotaria, a que pode sair, além duma casa completamente mobilada, vários
automóveis, rádios, máquinas de lavar roupa, frigoríficos, etc., etc., etc. Um
bilhete de lotaria, em suma, convenientemente camuflado com artigos literários,
quadros do Menino Jesus, contos, reportagens da pesca do bacalhau, etc.
Ora como o povo tem a agudeza de descarnar as ilusões
até ao osso das realidades e os ardinas são povo, encontraram este ano uma
forma inteligentíssima de apregoar a revista. Assim:
- Joguem na «Eva»! Joguem na «Eva».
O Abelaira e eu, no autocarro, sorrimos encantados por
sermos do partido do povo.
Nunca mais vi, nos supermercados, garrafas de MOSCA.
Os whiskis de pacotilha fizeram-na desaparecer.
Legenda: os dois anúncios são tirados da edição do Expresso de 1 de Dezembro de 1975.
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