Woody Allen
nasceu, há 80 anos, em Nova Iorque.
Sou um
incondicional dos seus filmes, mesmo aqueles últimos em que se torna madraço e
não consegue atingir o seu melhor.
Esses filmes não
entusiasmando, por aí além, têm sempre qualquer coisa de mágica reflexão ou que
nos faz sorrir com gosto.
Caindo no óbvio
exagero, poderia dizer que a vida, também vale a pena porque existem os seus
filmes.
Os seus filmes
fazem parte de mim.
Lembram-se de Annie
Hall? De Manhattan? De A Rosa Púrpura do Cairo? De Os Dias
da Rádio? De Ana e as Suas Irmãs? De Poderosa Afrodite? De
Toda a Gente Diz Que Te amo?
Pois é!...
Quantos mais?
Woody Allen ama
o cinema e diz:
Acho que ninguém deve despir-se em cena a não ser que
o facto seja absolutamente necessário e enquadrado no enredo. Apenas duas vezes,
no total dos meus filmes, apareceu algum tipo de nudez. Uma das vezes, em Dias
da Rádio, os miúdos estavam em cima do telhado a olhar por uma janela e viram a
professora despida a dançar e achei que era a única forma de fazer aquela cena
cómica. A outra vez foi em Maridos e Mulheres, quando a Judy Davis estava
deitada, não era nada realista ela ter o top vestido. Mas nunca fui do género
de usar nus nos filmes porque acho que distraem, perturbam e prefiro resolver o
problema doutra forma.
Mas, para além
do mais, nos filmes de Woody Allen ouve-se sempre jazz do mais fino quilate.
O melhor de cada novo filme é o momento em que me
fecho numa sala a selecionar clássicos de jazz para a banda sonora. E ainda
existem várias «american great songs» que gostaria de usar.
E quem vê os
filmes sabe o quanto é verdadeira esta afirmação.
Há sempre um
enorme prazer com os «créditos» dos seus filmes: fundo preto, letras brancas, a
música da época das «big bands.
Nunca abandono
uma sala de cinema sem que passem todos os «crédito».
Nos filmes de
Woody Allen seria um crime!
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