terça-feira, 2 de agosto de 2016

MNF


António Lobo Antunes em Os Cus de Judas.

Cecília Supico Pinto.

Em Janeiro de 2008, Sílvia Espirito Santo publicou o livro Cecília Supico Pinto – O Rosto do Movimento Nacional Feminino, Esfera dos Livros, Lisboa.

Sinopse do livro, feito pela editora:


«Dei tudo o que tinha. O Movimento foi a minha vida! (…) Os militares e o trabalho no Movimento foram, de certo modo, os filhos a que me dediquei.» Em 1961, Cecília Supico Pinto fundou o Movimento Nacional Feminino. Uma organização independente do Estado que congregava as mulheres portuguesas no auxílio moral e material aos soldados que lutavam nas antigas colónias portuguesas. Durante treze anos, Cecília Supico Pinto multiplicou-se em viagens entre a metrópole e as «províncias ultramarinas», ameaçadas pelos movimentos independentistas. Cilinha, como era conhecida, vestiu o camuflado, dormiu em tendas de campanha, esteve debaixo de fogo e embrenhou-se no mato de África, mesmo quando um acidente a obrigou a andar de muletas e com um pé engessado. Tudo em nome de uma missão. Na bagagem levava mantimentos, recordações e anedotas para contar aos soldados portugueses. Cilinha foi a primeira-dama do Estado Novo de Salazar, «um verdadeiro príncipe», que apreciava a sua alegria, ria-se das suas anedotas, admirava a sua frontalidade e escutava os seus conselhos. Garante que, muitas vezes, o aconselhou a ir a Angola. O presidente do Conselho resistiu sempre. Elogiada por muitos, mas principalmente criticada por outros tantos.

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