quarta-feira, 10 de agosto de 2016

NOTÍCIAS DO CIRCO


Logo que os incêndios começam a assolar o país, vêm à memória as palavras dos autarcas, dos ministros que, no passado Verão, no meio das tragédias, nos falaram do que iria ser feito para que os incêndios não tomassem as proporções dramáticas que, em cada Verão, são o nosso calvário: mais meios de combate aos incêndios, formação especifica para os bombeiros, os serviços florestais que irão proceder , regularmente, à limpeza das matas,  mais vigilância, mais isto, mais aquilo.

Palavras… palavras… palavras…

As mesmas que, neste momento, voltamos a ouvir.

As condições meteorológicas não podem ser o pano de fundo onde se esconde a incúria, a negociata dos madeireiros.

Mais que combater incêndios, há que preveni-los e isso terá que ser o trabalho de todo um ano.
A tragédia que assolou a Madeira, mortos e desalojados, prejuízos vários e incalculáveis, faz-nos pensar no dinheiro que se andou a gastar em túneis e estradas e que deveria ter sido aplicado no ordenamento da ilha.

São impressionantes as imagens que as televisões nos mostram.

A luta abnegada dos bombeiros, o desespero das populações combatendo o fogo com baldes de água, mangueiras de regar a horta e o jardim.

A desolação.

É sempre tarde quando se chora.


Quando é que, por uma vez, começamos a prevenir em vez de remediar e deixamos de conviver com o terrorismo incendiário?

Sem comentários: