Logo que os
incêndios começam a assolar o país, vêm à memória as palavras dos autarcas, dos
ministros que, no passado Verão, no meio das tragédias, nos falaram do que iria
ser feito para que os incêndios não tomassem as proporções dramáticas que, em
cada Verão, são o nosso calvário: mais meios de combate aos incêndios, formação
especifica para os bombeiros, os serviços florestais que irão proceder ,
regularmente, à limpeza das matas, mais
vigilância, mais isto, mais aquilo.
Palavras…
palavras… palavras…
As mesmas
que, neste momento, voltamos a ouvir.
As condições
meteorológicas não podem ser o pano de fundo onde se esconde a incúria, a
negociata dos madeireiros.
Mais que
combater incêndios, há que preveni-los e isso terá que ser o trabalho de todo
um ano.
A tragédia
que assolou a Madeira, mortos e desalojados, prejuízos vários e incalculáveis,
faz-nos pensar no dinheiro que se andou a gastar em túneis e estradas e que deveria
ter sido aplicado no ordenamento da ilha.
São impressionantes
as imagens que as televisões nos mostram.
A luta
abnegada dos bombeiros, o desespero das populações combatendo o fogo com baldes
de água, mangueiras de regar a horta e o jardim.
A desolação.
É sempre
tarde quando se chora.
Quando é que,
por uma vez, começamos a prevenir em vez de remediar e deixamos de conviver com
o terrorismo incendiário?
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