Anos e anos
e anos de conversas com o Helder Pinho.
Os dedos de uma mão chegam para dizer as vezes
em que essas conversas não eram bem regadas.
Numa dessas
noites, a conversa girava à volta do Luiz Pacheco e, a determinado ponto, o
Helder deixou dito, preto no branco, que para compreender e sentir o Luiz
Pacheco era preciso ter passado fome.
Ficámos a
olhá-lo.
Ninguém
esboçou qualquer comentário.
Quando o
Helder Pinho desencantava saídas destas, ficava tão feliz como se lhe tivessem
oferecido uma bicicleta pelo Natal.
Legenda: fotografia de Helder Pinho da autoria de Maurício Abreu.
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