Queremos escrever canções que sejam maiores do que a própria
vida. Falar dos estranhos momentos que nos aconteceram, das coisas esquisitas
que vimos. Temos que conhecer e compreender as coisas e depois ultrapassar o
que elas têm de banal. A precisão aterradora que os antigos usaram para
inventar as suas canções não é trivial. Às vezes, ao ouvir-se uma música, a nossa
mente dá um salto em frente. Encontram-se padrões semelhantes no modo como se
passam as coisas. Nunca encarei as canções «boas» ou «más», penas como
diferentes espécies de boas.
Bob Dylan em Crónicas
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