Lisboa, 7 de Julho de 1957
Caríssimo Eugénio
Ó estátua do silêncio que fazeis nos bosques de
beira-Douro, a ponto de ninguém – pelo menos eu – saber coisa alguma? Não
tereis notícias para dar? E, não as tendo, achais acaso que a vossa presença
epistolar não é necessária aos amigos?
Posto isto: vamos ao caso: aproxima-se a organização
intensiva da página da «poesia espanhola», suponho eu. E, através das mais
desvairadas tentativas, tenho procurado obter o livro do R. de Zubiría sobre o
António Machado. V. tem-no? Conhece quem o tenha? Descobrir-me-á por qualquer
preço?
Muitas lembranças da Mécia e um grande abraço amigo do
Jorge
Legenda: AntónioMachado
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