O Acordo
Ortográfico, em vigor desde 2011, é um disparate académico, uma infantilidade e
uma irresponsabilidade do governo José Sócrates.
Que jornais,
jornalistas, escritores, empresas, tenham aderido de imediato ao disparate,
torna-o ainda maior.
Manuel Alegre no
Público:
«O ministro dos Negócios
Estrangeiros diz que rejeita a revisão do acordo ortográfico. E eu rejeito essa
forma de rejeição, porque a considero autoritária, arrogante, dogmática e
deselegante para com a Academia das Ciências. A Academia, que é, de acordo com
a lei, conselheira do Governo em matéria da língua, não foi ouvida nem achada
no que diz respeito ao acordo. E limitou-se a apresentar, agora, um conjunto de
sugestões indicativas para que se começasse a debater este assunto e para
tentar melhorar, se possível, um acordo que nasceu mal, um acordo falhado.
Esta posição do ministro [Augusto Santos Silva], que
fala em nome do Governo, revela um grande desprezo por todos aqueles que se têm
oposto desde o princípio a este acordo. Desprezo por escritores, por gente das
letras, por académicos, por professores e por muitos cidadãos que manifestam a
sua oposição a este acordo, que está a fragmentar a língua e a dividir os
portugueses. Já nem falo de mim, falo do Vasco Graça Moura, que mostrou de mil
e uma maneiras todos os erros deste acordo, que, aliás, considerava
inconstitucional. Não conheço nenhum escritor de nomeada que seja favorável a
este acordo.»
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