Confinamentos…
O medo nunca saiu
dentro de mim.
Apesar das vacinas,
apesar dos cuidados, sei que não sairá.
Sempre fui de medos:
os mais diversos, os mais disparatados.
Conheço-me.
Tenho andado para
aqui a balançar entre os dias.
Tenho pintado, vou
renovar o livro para a minha neta Maria, ainda tenho que fazer o do João e o da
Francisca.
Sempre que ocorra,
virei aqui com uma canção, um filme, pedacinhos agarrados por aí.
Hoje vou ao cinema
para recordar Habla Com Ella de Pedro Almodovar que é um filme
lixado, lixado mesmo, que me faz ter saudades do Garrudo quando, a propósito de
tudo e de nada, dizia «habla com ella».
O filme vem aqui por
causa de uma canção da banda sonora, aquela em que Caetano Veloso canta Cucurrucucú Paloma.
É uma canção velha de
que gosto muito mas que na voz de Caetano, naquele arranjo que fizeram com
instrumentos de corda, tem um outro voo.
A canção faz parte de
um bonito disco de Caetano: Fina
Estampa ao Vivo, em que Caetano pretende fazer uma releitura, disse
ele, do cancioneiro hispano-americano lida por um brasileiro.
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