terça-feira, 1 de junho de 2021

DOS REBOTALHOS E COISAS ASSIM...

 


Os jacarandás já florescem em Lisboa.

Na rotunda das Olaias, há uns tímidos jacarandás, mas gosto de os olhar.

Os melhores locais para, em Lisboa, olhar a beleza dos jacarandás são:

o Largo do Rato, a Avenida D. Carlos I,  a Avenida da Torre de Belém, o Parque Eduardo VII,  e o melhor que havia era visitar a Feira do Livro e olhar a beleza dos jacarandás, mas este ano a Feira só abre portas em Agosto.

Ou este poema do Eugénio de Andrade:

«São eles que anunciam o verão.
Não sei doutra glória, doutro
paraíso: à sua entrada os jacarandás
estão em flor, um de cada lado.
E um sorriso, tranquila morada,
à minha espera.
O espaço a toda a roda
multiplica os seus espelhos, abre
varandas para o mar.
É como nos sonhos mais pueris:
posso voar quase rente
às nuvens altas – irmão dos pássaros –,
perder-me no ar.»

1.

Vivemos em pandemia.

A todo o instante dizem-nos que estamos a melhorar, logo a seguir há quem diga que não é bem assim.

 Já há muito sei que não voltarei à vida que tinha.

2.

O governo, faça o que fizer, leva porrada.

Na esmagadora maioria põe-se a jeito…

Há ali gente que nem um clube de bairro saberia dirigir.

O lobby futebolístico uefeiro & Cª Lda,  impôs que a final da «champions» deveria realizar-se no Porto. O papa azul-dragão disse que iriam dar uma lição à malta de capital que, com festa de campeão do Sporting, provocaram um caos. 

Afinal não aprenderam nada com o que acontecera em lisboa.

Marcelo não conseguiu resistir, também alfinetou o governo quando no ano passado era um sorriso aberto de regozijo pela final da da Champions se realizar em Lisboa e até tirou fotografia.

Há quem diga que o crime organizado há muito invadiu o futebol.

3.

Santos Populares.

No Porto, diz-se que vão acontecer festejos sanjoaninos.

Rui Rio não concorda.

Em Lisboa, diz-se que não existirão festejos santaantoninos.

Carlos Moedas não concorda.

Apenas 90 mil quilómetros quadrados.

O mesmo país?

4.

Com o dinheiro ganho com o pontapé na bola, Cristiano Ronaldo comprou, em Lisboa, o mais caro andar da cidade e arredores. 

O dinheiro é dele, faz o que muito bem  quiser.

A coisa embaraça-se quando no topo, sem autorização camarária, sem consulta aos restantes inquilinos do prédio, manda construir uma marquise.

O arquitecto do edifício sente-se chocado, Tomás Taveira, célebre arquitecto do burgo, considera que o espaço da marquise é vital para a profissão de Ronaldo.

Ainda não se sabe se a marquise será, ou não, demolida.

Revoltadas com as críticas à marquise, as irmãs de Cristiano, disseram aos jornas: «palhaçada de país!»

Será que já chegámos à Madeira?

5.

Como não há contabilidades para estas coisas, admite-se que ainda existam em Portugal cerca de 900 lares ilegais e isso manda-nos para uma população residente de 18 a 27 mil pessoas.

6.

Os lucros da Jerónimo Martins no 1.º trimestre de 2021 foram de 61 milhões de euros, mais 24 milhões do que o período homólogo de 2020.

7.

 A administração do Novo Banco vai receber um bónus de 1,86 milhões de euros, referente a um ano em que o banco deu prejuízos de 1.329 milhões.

A Assembleia da República proibiu o governo, no final de 2020, de emprestar mais dinheiro dos contribuintes ao Novo Banco. Para contornar o obstáculo, o executivo aprovou agora, em Conselho de Ministros, uma resolução que vai permitir ao Novo Banco receber uma nova injeção, desta vez de 429 milhões de euros, por parte do Fundo de Resolução.

8.

O número de imigrantes em Portugal é agora de cerca de 660 mil, mais setenta mil do que antes da pandemia. No primeiro trimestre deste ano, nasceram quase menos três mil bebés e temos que atentar no facto de uma boa parte destes nascimentos se verificarem entre a população migrante.

9.  

Até Março deste ano os consumidores portugueses gastaram mais 125 milhões de euros em supermercados, um aumento de 5,5% em relação a igual período do ano passado e as bebidas foram o sector com o maior crescimento, de 20,7%.

10.

Porque o saber mão ocupa lugar, li num texto do Manuel S. Fonseca que Rudyard Kipling pintava de vermelho as bolas de golfe para poder jogar nos dias de neve. 

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