sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

OLHAR AS CAPAS


 Memórias Políticas

Basílio Teles

Fixação de texto, prefácio e índices: Augusto da Costa Dias

1ª edição, conforme o manuscrito do Autor, datado de 1895

Capa: João da Câmara Leme

Portugália Editora, Lisboa, Março de 1969

É esta certeza irrefragável, esta certeza matemática que imprimiria à coalização a sua feição proeminente – a de ser fundamentalmente imbecil. Não há pretexto, considerando, motivo, por mais justo, por mais sério, por mais sagrado na aparência, que leve o Partido Republicano a associar-se com qualquer dos partidos ou grupos realengos. Entre uns e outros traçou o destino, como a vara da feiticeira, uma risca fatídica, que vem desde o ultimatum inglês até à recente ditadura. E mal irá para os republicanos que se abalancem a transpô-la se nesse país restam vida, energia e vontade para se lançar ousadamente na tarefa de preparar o futuro! Há colapsos de memória que são talvez desculpáveis num povo, mas que exautoram por completo o homem público em que eles se produzem. Pense, e diga-me se é possível esquecer e perdoar este rosário de torpezas.

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