Memórias Políticas
Basílio Teles
Fixação de texto, prefácio e índices:
Augusto da Costa Dias
1ª edição, conforme o manuscrito do Autor,
datado de 1895
Capa: João da Câmara Leme
Portugália Editora, Lisboa, Março de 1969
É esta
certeza irrefragável, esta certeza matemática que imprimiria à coalização a sua
feição proeminente – a de ser fundamentalmente imbecil. Não há pretexto,
considerando, motivo, por mais justo, por mais sério, por mais sagrado na aparência,
que leve o Partido Republicano a associar-se com qualquer dos partidos ou
grupos realengos. Entre uns e outros traçou o destino, como a vara da
feiticeira, uma risca fatídica, que vem desde o ultimatum inglês até à recente ditadura. E
mal irá para os republicanos que se abalancem a transpô-la se nesse país restam
vida, energia e vontade para se lançar ousadamente na tarefa de preparar o
futuro! Há colapsos de memória que são talvez desculpáveis num povo, mas que
exautoram por completo o homem público em que eles se produzem. Pense, e
diga-me se é possível esquecer e perdoar este rosário de torpezas.
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