segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

O OUTRO LADO DAS CAPAS


Muito lamento que o meu-inglês-de-cais-do-sodré não dê para ler Carson McCullers no original.

Foi, Seve, viajante assíduo do Cais do Olhar, que num comentário disse que havia mais livros de Carson McCullers traduzidos. Acabei por os encontrar na Relógio d’Água.

Gosto imenso dos que já li: Balada do Café Triste, Coração Solitário Caçador e Reflexo nuns Olhos de Oiro.

Gostei de Relógio Sem Ponteiros mas um poucochinho menos dos atrás citados,.

Carson teve um desastroso e conflituoso casamento com Reeves McCullers,que considerava «o homem mais belo que alguma vez vira». Há quem diga que os livros de Carson abordam sempre Os mesmos temas, o  isolamento espiritual dos inadaptados e marginais do Sul dos Estados Unidos, algo que não me incomoda absolutamente nada, bem pelo contrário

Carson teve uma paixão não correspondida com a escritora Djuna Barnes.

Deixou uma autobiografia incompleta, Illumination and Noght Glare:

«Penso que é importante para as futuras gerações de estudiosos saber porque é que fiz certas coisas, e isso é também importante para mim. Tornei-me rapidamente uma figura literária conhecida, sendo demasiado jovem para compreender o que me estava a acontecer ou a responsabilidade que implicava. Senti uma espécie de terror sagrado. Foi isso que, combinado com a minha doença, cedo me destruiu. Talvez, se registar e preservar para outras gerações o efeito que o ~exito teve em mim. Permita que futuros artistas aceitem melhor o facto.»

Nascida em 19 de Fevereiro de 1917, em Columbus, Georgia, Carson McCullers morreu, com 50 anos, em Nyack, no estado de Nova Iorque, no dia 29 de Setembro de 1967.

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