quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

VIAGENS POR ABRIL

     Este não é o dia seguinte do dia que foi ontem.

                                    João Bénard da Costa

Será um desfilar de histórias, de opiniões, de livros, de discos, poemas, canções, fotografias, figuras e figurões, que irão aparecendo sem obedecer a qualquer especificação do dia, mês, ano em que aconteceram.


25 de Abril de 1997.

No Público desse dia, o jornalista Nuno Pacheco tinha a tarefa de assinalar a data.

José Mário Branco já deixara numa canção que, no decorrer do caminhar de Abril, existiram gentes que se tinham enganado.

E o jornalista alinha as palavras no computador:

«Agota que tudo isso é já distante e que assentámos na democrática ideia de que a luz era ilusória, dá mesmo assim para ver que algo se perdeu na voragem dos tempos.

Sim, os que foram protagonistas duma grande esperança e passaram a ser figurantes dum grande desencanto.

Esperanças frustradas, desilusões, esforços que não deram os resultados esperados.

O festim durou pouco.

Lá longe, o Chico lançava o lamento de que a festa tinha sido estragada.

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