Hoje, vamos reler uma notícia assinada por Teresa Serafim, publicada no Público de 7 de Dezembro do passado ano.
Guardei o recorte, mas há dias por aqui se falou de um livro publicado pela Ulmeiro, ressuscito a notícia.
Com o apoio da Junta de Freguesia de Benfica, a livraria Ulmeiro voltará a ter
um espaço físico no bairro que a viu nascer em 1969 e após 50 anos na Avenida
do Uruguai foi obrigada, em 2019, pela especulação do senhorio que exigiu um
estúpido e impossível aumento de renda, a mudar-se para um espaço na Fábrica de
Braço de Prata.
Fundada por José Ribeiro, regressará à Avenida do Uruguai, no mesmo
lado da antiga livraria, continuando como livraria-alfarrabista, terá uma
galeria de arte também actividades culturais, com sessões de leitura. Na
reabertura, deverá ter uma exposição sobre os 50 anos da Ulmeiro, que incluirá
material de uma antiga exposição e uma série de fotografias novas.
O novo espaço chegará com a Primavera e José Ribeiro gostaria que fosse a 21 de Março para coincidir com o Dia Mundial da Poesia.
«Recomeçamos num espaço mais pequeno e queremos continuar a contribuir para alguma actividade no bairro. A Ulmeiro é um espaço que fazia falta», disse José Ribeiro
Fazia falta não só a Benfica e arredores, aos seus muito dedicados
clientes e frequentadores para uma converseta a propósito de tudo e mais alguma
coisa, mas especialmente a José Ribeiro.
Estive tentado a titular esta futura vida da Ulmeiro colocando-a num Itinerário do Eduardo. Pela simples razão que, entre tantos livros publicados pela Ulmeiro, tenho especialíssima dedicação ao livrinho de capa vermelha do Eduardo Guerra Carneiro: Isto Anda Tudo Ligado.
No tempo de crise da Ulmeiro, ainda sem saber qual o futuro, recordo
uma frase do José Ribeiro:
«No bairro há pessoas que
descobriram que a livraria existe e estamos cá há 47 anos, é engraçado.»
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