Memórias da Guerra Colonial
Cadernos Andrómeda nº 1
Corpo redactorial: Alice Nicolau, Carlos Fabião, José Carvalheira. Marcos Vidigal, Carlos Cruz Oliveira, António Modesto, Manuel Sobral Bastos, Fernando Vaza Pinheiro, José Pinheiro
Capa: José Cândido
Andrómeda Publicações, Lisboa,
Abril de 1984
A recuperação do vivido é um dos fins da escrita. Para que conste,
lá onde a memória colectiva for falhando. Força é que as experiências
individyias dos que tiveram que mastigar o miolo da guerra se não dissipem,
confinadas às quatro paredes de uma sala de cada um. As narrativas que aí ficam
são um contributo para o que tem sido contado sobre a algazarra paranóica
desses dias. Por elas não desfilam heróis nem réus; uns não existiram os outros
são revés.
A maturação da fraude colonial é o cordão que as liga, sendo cada qual janela de seu espaço e de seu tempo. Para que conste, lá onde a fraca memória dos homens abertas for esquecendo as portas dos bichos ruins.
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