Este não é o dia seguinte do dia que foi ontem.
João Bénard da Costa
Será um desfilar de
histórias, de opiniões, de livros, de discos, poemas, canções, fotografias,
figuras e figurões, que irão aparecendo sem obedecer a qualquer especificação
do dia, mês, ano em que aconteceram.
Esta é uma Viagem de Abril que mete abóboras, nabos, um chefe de estado, picareta escrevente das mais atrozes banalidades que alguém com responsabilidades (?) de um dito político pode arrotar.
No dia 11 de Junho de 2014, em Olhar as Capas, publicámos a capa de Tomás, Por Ele Mesmo, uma antologia, organizada por Orlando Neves, de alguns dos milhares de disparates que Tomás bolsou, em discursos patéticos, enquanto presidente da ditadura.
Começámos depois a publicar as fotografias, as partes discursais, os comentários do Orlando Neves.
Hoje, regressamos no tempo ao
domingo dia 17 de Fevereiro de 1974.
O que o Notícias de
Portugal de 23 de Fevereiro desse ano nos diz, é que naquele domingo «o
Chefe do Estado sr.Almirante Américo Thomaz, acompanhado de sua esposa
deslocou-se a Torres Vedras para presidir a alguns melhoramentos, assistir ao
cortejo de oferendas a favor da Santa Casa da Misericórdia e receber a medalha
de ouro do Município que o Conselho Municipal, por proposta do seu presidente,
deliberou conceder-lhe».
Palavras de Thomaz no salão
nobre do Município:
«Vim a Torres Novas neste belo dia, a convite de V. Exª, Senhor
Presidente da Câmara da Misericórdia de Torres Novas. Pediram-me que viesse
aqui, e, para vir neste dia, um domingo, aquele em que a população mais
facilmente poderia estar presente e saudar o Chefe de Estado.
Leiam bem: «vir neste dia,
um domingo, aquele em que a população mais facilmente poderia estar presente e
saudar o Chefe de Estado.»
Foi este idiota palrador de
vazio, de coisa nenhuma que o botas de Santa Comba colocou a representar o
país.
A sorte é que ninguém em nós
reparava!...
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