Esta é a Igreja de S. João Evangelista no número 17 da Rua Barão Sabrosa em Lisboa.
Aqui era o “Max”, um “piolho dos anos 30.
O cinema foi comprado pelo Patriarcado de Lisboa para a construção da igreja e a instalação de um Centro Social.
Nele cheguei a ver algumas fitas, mas o “Cine-Oriente” estava mais à mão. Ao “Max” apenas ia, não pelas fitas, porque naquele tempo via tudo, o que viesse à rede era peixe, mas apenas quando nas matinés dos domingos do “Cinóre” já não arranjava bilhete
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Com o andar dos tempos, acabei por saber que, antes da bilheteira do “Cine-Oriente” abrir, os porteiros vendiam bilhetes com 10% de comissão, e, nos meus domingos, poucas mais vezes olhei o “guichet” da bilheteira com o letreiro “LOTAÇÃO ESGOTADA.
Naquele tempo, nestes cinemas de bairro, ser porteiro não era profissão, mas apenas um biscate para compor os ordenados de miséria que nas suas profissões aqueles homens auferiam.
Hoje, como quase ninguém compra jornais consulta-se o “Google”.
Provavelmente terá sido dos últimos anúncios do “Max”, porque o cinema será, nesse final de década, será demolido para dar lugar à Igreja de S. João Evangelista.
Mas é curioso olhar-se a programação desse dia:
"Marilyn" é um documentário da "20 Century Fox", com imagens de filmes de Marilyn Monroe, realizado, em 1963, por Harold Medford, e narrado por Rock Hudson.
Naqueles anos cinzentos, a informação cinematográfica, para já não falar da cultura, apenas estava ao alcance de uma vasta minoria, pelo que posso imaginar que a malta da Picheleira e do Alto do Pina, correu em peso ao “Max”, para "matar" um filme com a Marilyn e o Rock Hudson. Se bem se lembram, os filmes eram com e não de, pelo que os actores eram a nossa preocupação.
"A Lança em Chamas" (“Flaming Star”) é um filme de Don Siegel, (1960) e foge aos cânones da filmografia de Elvis Presley.
A sinopse do filme, feira pela Wikipédia, é o que tenho à mão de semear e, como não estou a fazer nenhuma história do cinema, por aqui me sirvo, diz-nos que tudo se passa em 1870 no estado do Texas, no meio de guerras entre brancos e índios, e Elvis, filho de pai branco e mãe de descendência índia, depois do pai e do irmão escolherem o lado dos brancos, terá de fazer a sua opção.
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Quem destas coisas sabe, diz tratar-se do melhor filme de Elvis Presley, onde fica provado, que ele teria sido melhor actor, se lhe tivessem proporcionado argumentos com pés e cabeça.
Tenho uma vaguíssima ideia do filme, mas tudo passa um pouco ao lado, porque sou suspeito na matéria: considero Elvis Preley, como actor de cinema, um perfeito desastre.
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