O deserto vai crescendo, não física, mas emocionalmente, com os quilómetros que me percorrem as pernas e a mente. Sinto-o cada vez mais forte. Sinto-me cada vez mais parte dele, enredado nele, prisioneiro dele. Só há uma estrada – esta. Só há uma paisagem – esta. Só há um som – este silêncio. Só há duas cores – azul e morte. Só há um sol – este a que nada escapa. Só há uns goles de água – os que trago na bagagem. Só há um coração a bater – o meu.
Texto e imagem de Idílio Freire
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