O Álvaro recebe dez quetzais por dia, cerca de um euro. E não consigo apagar da memória: o meu primeiro salário diário, por oito horas, seis dias por semana, aos 12 anos de idade, foi 250$ (1,25€). Sou economista, sei que o meu 1,25€ em 1979, tem um valor actual superior talvez a 10€. Mas sabe-me bem olhar com esperança para o pequeno Álvaro, embora essa esperança não resista à observação desapaixonado das terras altas da Guatemala, de todas as tantas Guatemalas que se estendem sob o céu cinzento.
Texto e Imagem de Idílio Freire
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