Por norma os fins-de-semana são dias parcos em notícias, os políticos, os fala-barato, vão arejar e, apenas ficam as outras notícias, normalmente mortes, outras tragédias, por vezes, um acontecimento feliz.
É um tempo propício para colocar à janela o que, nos últimos dias, fui lendo pela concorrência.
1.
E o pior, verdadeiramente pior, é que a realidade parece dar-lhe razão, a ajuizar pela mansidão com que este povo está a aceitar as barbaridades do momento presente! Quando se olha para este país de fora, de longe, essa evidência torna-se mais dolorosa e até incompreensível – e muito difícil de engolir.
Joana Lopes em Entre as Brumas da Memoria
2.
Quando se fala de despedimentos fala-se sempre do patrão que despede o trabalhador, mas também deviamos falar do movimento inverso. Em vinte e cinco anos de trabalho (os meus primeiros empregos eram muito mixirucas, aqui e acolá, a fazer isto e aquilo, a recibos verdes), passei por nove empresas e não sei quantos patrões — despedi-os a todos, quase sempre por incompetência ou ganância.
Lido no Malone Meurt
Legenda: fotografia de Eduardo Gageiro.
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