Crónica de Manuel António Pina no Jornal de Notícias de hoje:
38 anos depois do 25 de Abril, graças aos esforçados mandatários dos "mercados" que nos governam, chegámos de novo aos "tops" da Europa: segundo o Eurostat, Portugal foi, no último trimestre de 2011, o segundo país mais rápido da UE (logo a seguir à Grécia) a destruir empregos, com a notável marca de mais 3,1% de empregos eliminados do que em igual período do ano anterior; ao mesmo tempo, somos agora, "ex-aequo" com a Irlanda, campeões europeus da redução de salários nos empregos (ainda) não eliminados.
Quanto à mortalidade infantil não há, para já, dados recentes. Em contrapartida, só em duas semanas morreram em Portugal, segundo o Instituto de Saúde Ricardo Jorge, 6 100 pessoas de frio e gripe, a maior parte idosos com mais de 75 anos. Os aumentos das taxas moderadoras, juntamente com a redução das prestações sociais, mais os aumentos da electricidade e gás, que levam muitos reformados pobres a não poder ligar os aquecedores, estarão, segundo especialistas, na origem da assinalável "perfomance".
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