sábado, 19 de janeiro de 2013

CENTENÁRIO DE ÁLVARO CUNHAL


As comemorações do centenário de Álvaro Cunhal arrancam hoje, com uma cerimónia em Lisboa, prolongam-se durante um ano e incluem a realização de um congresso sobre o líder histórico comunista em Outubro.

A cerimónia de abertura das comemorações dos cem anos de Álvaro Cunhal, que nasceu a 10 de Novembro de 1913, decorrerá no auditório da Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa, e contará com a presença do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa.

Todas as iniciativas das comemorações do centenário podem ser vistas no blogue criado para essa efeito..

Um dia Sophia Mello Breyner Andresen perguntou a Álvaro Cunhal se a arte, mais do que a política, não estava mais apta a salvar os homens.

Talvez as duas, respondeu-lhe Cunhal.

Em Fevereiro de 2006, disse a jornalista Fernanda Mestrinho:

Cunhal fez História e fica na História. Os outros nem merecem uma nota de rodapé.

José Pacheco Pereira, que escreveu em três volumes, uma Biografia, não autorizada, de Álvaro Cunhal, disse, numa entrevista ao Público de 17 de Maio de 1999:

Não tenho qualquer espécie de afinidade política ou ideológica com Cunhal, e também nunca tive uma atitude referencial. Aliás, nunca poderia ter escrito esta biografia se tivesse a atitude reverencial da esquerda portuguesa. Exactamente porque tenho um grande desprendimento em relação ao PCP e a Cunhal, posso, com grande liberdade perceber a dimensão da personagem.


Legenda: fotografia de Álvaro Cunhal, na década de 30, durante os passeios de fragata no rio Tejo, que juntavam um vasto grupo de intelectual, e retirada de Álvaro Cunhal, Retrato Pessoal e Íntimo de Adelino Cunha, A Esfera dos Livros, Lisboa Novembro de 2010.

3 comentários:

filhote disse...


Álvaro Cunhal faz-nos falta...

sammy,o paquete disse...

Recusou sempre o culto da personaliddade e Manuel Alegre dele disse que foi um dos poucos aristrocatas autênticos que conheceu.
Uma verticalidade, uma coerência, firmeza na capacidade de lutar, a humildade de ter dito que se enganou muitas vezes e que tivéssemos em atenção que o capitalismo nunca entrou na época da agonia, que a defesa da Constituição terá que ser uma batalha central.
Olhamos em volta e vemos o vazio.
Sim, Filhote, a falta que nos fazem homens como Cunhal...
Um abraço

sammyopaquete disse...

Somos visitas diária do "2013-Centenário de Álvaro Cunhal"
Um abraço