quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

DEIXAR O EGO NO BENGALEIRO...


Penso que aprendi, desde muito pequeno e muito pobre, a refrear o orgulho e a dominá-lo, como um luxo a que só se podem dar os bem-nascidos, ou os protegidos posteriores da roda da fortuna. O ego inflamado não é sinal de inteligência. E é, de resto, uma das dificuldades com que nos defrontamos no teatro. Brecht dizia aos actores que, ao entrarem na sala de ensaios, deviam deixar os egos pendurados, com os chapéus e os abafos, no bengaleiro.

Joaquim Benite

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