Não faltaram a José Saramago os burocratas pátrios, e se não bufos de novas polícias secretas, agentes fidelíssimos da estupidez. E valerá a pena assinalar aqui que não se eximiria o ensino oficial a emprestar a sua mãozinha à boçalidade campeante, obrigando legiões e legiões de adolescentes a desbravar aquilo que a ampla maioria dos professores dificilmente entendia. Penalizados por um contexto assim, e na mobilidade das filas de volumes que ocupam as prateleiras das bibliotecas privadas, a obra brilhantíssima de Saramago aguardará por certo uma terceira, ou uma quarta, geração de bisnetos e trinetos portugueses capazes de o homenagear com a inteligência normal que um artista a sério sem dúvida merece.
Mário Cláudio no site da Fundação José Saramago
Legenda Soua Lara, agente fidelíssimo da estupidez.
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