Rua António
Maria Cardoso em Lisboa.
Hoje, este edifício
Outrora, foi a
sede da sinistra PIDE.
Já tinha sido,
de 1933 a 1945, da Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE).
Em 1969, tempos da
dita «primavera marcelista», passou a chamar-se DGS, mas a mudança apenas aconteceu
no nome.
Continuaram a
perseguir, a prender, a espancar, a torturar, a assassinar.
No findar da
tarde de 25 de Abril de 1974, das janelas da sede, os pides abriram fogo sobre
os populares que aguardavam a sua rendição.
Quatro mortos,
dezenas de feridos.
Lembrança de José-Augusto França nas suas Memórias para o Ano 2000:
Na sua sede, na António Maria Cardoso, a Pide, cercava, atirava da janela sobre a multidão, por raiva e pânico, matando quatro pessoas e nunca foram identificados os assassinos, orém fáceis de achar, entre os da casa que, sem dúvida, os teriam denunciado e foram ocupando o forçado recolhimento a destruir os arquivos da corporação, bens do Estado não só Novo - do que foram curiosamente desculpados.
No tal edifício
de luxo, a placa que assinala a morte desses populares.
Título de O
Primeiro de Janeiro, de 16 de Janeiro de 1971, resultante de uma
discussão na Assembleia Nacional, sobre o modo
como os presos políticos eram tratados nas prisões da ditadura.
Dias antes, os
deputados da ala liberal, Sá Carneiro e Pinto Balsemão, tinham-se deslocado às
prisões e confirmaram as queixas que os familiares dos presos políticos lhes
tinham dirigido.
Texto publicado
no Diário de Lisboa de 18 de Maio de 1974:
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