Histórias do Cinema
João Bénard da
Costa
Capa: Lígia
Pinto
Imprensa
Nacional-Casa da Moeda, Lisboa Agosto de 1991
O chamado PREC
(Processo Revolucionário em Curso), se nada deixou igual ao que antes estava,
abateu-se igualmente sobre o cinema. Como todos os outros portugueses, os
cineastas dividiram-se nas mais variadas facções e partidos e a aparente
unidade do «cinema novo» (assaz fictícia, como atrás se disse, nos inícios dos
anos 70) quebrou-se. O Centro Português de Cinema que em princípios de 1974 já
contava 36 sócios dividiu-se em várias outras cooperativas (Cinequipa,
Cinequanon, Virver, Grupo Zero, Paz dos Reis) agrupando os cineastas em
diversas – e opostas – famílias estéticas e políticas. Em 1977, o C.P.C. –
mantido aberto, apenas para «liquidação» do terceiro e último plano com a
Gulbenkian anunciado em Maio de 1974 – cessou produção. Em 1978, a expressão
«cinema novo» passava à história. O arranque decisivo que parecia iminente em
Março de 1974, com a aprovação do I Plano do I.P.C. e do II com a Gulbenkian
foi varrido, como tudo, pelos ventos de Abril.
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