quinta-feira, 17 de março de 2016

A FACE DO AR


O rosto nu perante o mar.
Uma cortina de árvores corta o vento.
Um abrigo no extremo, a face do ar.
Onde sossega a sede, um pássaro arde.
O corpo encontra o côncavo do grito.
A pedra une-me à sombra do silêncio.

António Ramos Rosa em Respirar a Sombra Viva

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