quarta-feira, 16 de março de 2016

OLHAR AS CAPAS


O Jardim do Paraíso

Ernest Hemingway
Tradução: Guilherme de Castilho
Capa: José Teófilo Duarte
Círculo de Leitores, Lisboa, Março de 1998

Na estrada reluzente que subia entre os pinheiros, quando saiu do hotel, sentia o esticão nos braços e nos ombros e o impulso dos pés curvos contra os pedais quando subia sob o sol ardente com o cheiro dos pinheiros e a leve brisa que vinha do mar. Inclinou o corpo para a frente, apoiou-se levemente nas mãos e sentiu o ritmo desconcentrado no princípio da subida começar a suavizar quando passou o marco dos cem metros e depois o primeiro sinal vermelho dos quilómetros e depois o segundo. No promontório a estrada virava para seguir à beira-mar e ele travou e apeou-se e pôs a bicicleta ao ombro e desceu com ela pela vereda até à praia. Encostou-se a um pinheiro q exalava o cheiro a resina no dia quente e desceu para os rochedos e despiu-se e arrumou as sapatilhas com os calções, a camisa e o boné e mergulhou das rochas no mar fundo e frio e transparente.

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