segunda-feira, 7 de março de 2016

OLHAR AS CAPAS


Sorte ou não, todos os livros que comprei por causa das capas se revelaram boas escolhas.

É provável que existam duas ou três excepções, mas não as recordo.


Jorge Silva melo, por exemplo, gosta tanto das capas de Trabalho Poético que não se vê a ler a poesia de Carlos de Oliveira sem ser nessa edição da Sá da Costa.

Cada maluco sua mania, dirão.

É bem verdade!

Mas quem gosta de livros, quem não entende os dias sem os ter por perto, não olha a meios, tudo lhe serve.

Pelo autor, pelos títulos, pelas capas, pelos começos, pelos conteúdos, pelos finais, tudo vale para adquirir livros.

O primeiro critério é o autor, mas gosto imenso de grandes começos de livros:

Maria Gabruiela Llansol começa assim o seu Na Casa de Julho e Agosto:

O começo de um livro é precioso. Muitos começos são preciosíssimos. Mas breve é o começo de um livro – mantém o começo prosseguindo. Quando este se prolonga, um livro seguinte se inicia. Basta esperar que a “decisão da intimidade” se pronuncie.”

E há capas fabulosas.

Esta colecção do Público permite ter uma ideia sobre essa arte de fazer e Olhar as Capas.

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