Sorte ou não,
todos os livros que comprei por causa das capas se revelaram boas escolhas.
É provável que
existam duas ou três excepções, mas não as recordo.
Maria do Rosário
Pedreira, por ser uma insider do mundo editorial, não se vê a comprar um livro só por causa da capa, por saber que às vezes a capa não espelha exactamente o que é o livro.
Jorge Silva
melo, por exemplo, gosta tanto das capas de Trabalho Poético que não se vê a
ler a poesia de Carlos de Oliveira sem ser nessa edição da Sá da Costa.
Cada maluco sua
mania, dirão.
É bem verdade!
Mas quem gosta
de livros, quem não entende os dias sem os ter por perto, não olha a meios,
tudo lhe serve.
Pelo autor, pelos
títulos, pelas capas, pelos começos, pelos conteúdos, pelos finais, tudo vale
para adquirir livros.
O primeiro
critério é o autor, mas gosto imenso de grandes começos de livros:
Maria Gabruiela
Llansol começa assim o seu Na Casa de Julho e Agosto:
O começo de um livro é precioso. Muitos começos são
preciosíssimos. Mas breve é o começo de um livro – mantém o começo
prosseguindo. Quando este se prolonga, um livro seguinte se inicia. Basta
esperar que a “decisão da intimidade” se pronuncie.”
E há capas
fabulosas.
Esta colecção do
Público permite ter uma ideia sobre essa arte de fazer e Olhar as Capas.
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