sábado, 29 de setembro de 2018

ETECETERA


Os portugueses apostam 14 milhões de euros por dia.

Os primeiros seis meses deste ano mostram que nunca se apostou tanto em Portugal.
Totobola, Euromilhões, Totoloto estão a perder terreno nas escolhas.

As Raspadinhas e Placard são os jogos mais escolhidos.

Um dos prémios mais altos que alguma vez ficaram por reclamar foi um prémio de Joker, de sete milhões. A Santa Casa chegou a publicar anúncios, mas o vencedor nunca apareceu.

Os prémios não reclamados revertem a favor do Fundo Rainha Dona Leonor de reabilitação das Misericórdias.

PGR

A direita em Portugal tomou como dores muito suas a permanência de Joana Marques Vidal na Procuradoria-Geral da República.

A histeria foi muita e as razões soavam pífias.

No princípio do ano a Ministra da Justiça adiantou um passo ao dizer que o governo entendia que o mandato de PGR deveria ser de apenas um mandato.

Por proposta do Governo e promulgação pelo Presidente da República, a escolha para Procurados Geral da República recaiu em Lucília Gago.
           
Choveram provocações e insultos, chegaram a falar de perseguição e saneamento.

Até Cavaco Silva deixou o recato do lar, o estilo múmia, para nos vir dizer:
«Sou levado a pensar que esta decisão política de não recondução de Joana Marques Vidal é talvez a mais estranha tomada no mandato do governo que geralmente é reconhecido como geringonça.»

Marcelo Rebelo de Sousa não deixou cair a observação de Cavaco:

«Todos sabemos que quem nomeia as procuradoras-gerais da República são os Presidentes, não são os governos. Portanto, a nomeação da procuradora-geral da República foi minha e de mais ninguém.»

Os jornalistas insistiram e voltaram a lembrar o que disse Cavaco Silva.

Ainda Marcelo:

«O que me está a dizer é que o presidente Cavaco Silva, no fundo, disse que era a mais estranha decisão do meu mandato. Perante isso, tenho sempre o mesmo comportamento: entendo que, desde que exerço estas funções, não devo comentar nem ex-Presidentes, nem amanhã quando o deixar de o ser, futuros presidentes, por uma questão de cortesia e de sentido de Estado, e não me vou afastar dessa orientação.»


TAP



O título pertence à 1ª página do Público de 23 de Setembro.

Em determinado tempo, os nossos governantes «concluíram» que em Portugal não havia ninguém que percebesse de aviões e foram buscar ao Brasil a excelência de um tal Fernando Pinto.

Esteve no cargo de presidente da TAP vários anos com ordenados e mordomias de excepção.

Tanto quanto agora foi tornado público, o homem permitiu que fossem gastos 500 milhões de euros num estranho negócio com a Vem-Varig Engenharia e Manutenção e, tanto quanto se diz pelos corredores, foi fazendo caminho para que a TAP fosse vendida ao seu amigo Efromovich.

Ficamos a aguardar as cenas dos próximos capítulos.

ASSIM COMO A GUERRA DO SOLNADO

Vasco Lourenço desde o início afirmou que o roubo das armas em Tancos, ocorrido em Julho do ano passado, era uma história muito mal contada.

Chegou a falar-se que a pátria estava em perigo, que a NATO nos iria retirar confiança política e militar.

Soube-se agora, que as armas, depois de roubadas, ficaram numa propriedade da avó do principal autor do roubo. Tentou vendê-las mas não apareceram compradores. Entalado que começou a estar, congeminou, com «colaboração» de «gnrs» e outras tropas, a manobra de diversão em que, por artes mágicas, as armas apareceram numa quinta na Chamusca.

Ninguém sai bem desta história rocambolesca: militares, polícias e assim como assim, o próprio governo.

Já há detidos e segue-se agora o tempo da Justiça.

Lento, muito lento, como sabemos que esse tempo é.

Muita água continuará a passar por debaixo das pontes.

ASSIM VAI O PSD

Marques Mendes, o catequista dominical da SIC, aconselhou Rui Rio:

«Tem, de ser mais humilde, menos convencido, menos arrogante.»

Entretanto Santana Lopes continua por aí à espera que o Tribunal Constitucional dê luz verde à sua Aliança.

A FECHAR

Os portugueses são os europeus que mais pagam pela energia eléctrica.

Investigue-se!

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