domingo, 16 de setembro de 2018

POSTAIS SEM SELO


Aqui na minha frente a fôlha branca de papel, à espera; dentro de mim esta angústia, à espera; e nada escrevo. A vida não é para se escrever. A vida, - esta intimidade profunda, êste ser sem remédio, esta noite de pesadelo que nem se chega a saber ao certo porque foi assim, - é para se viver, não é para se fazer dela literatura.

Miguel Torga em Diário Volume I

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