sábado, 15 de setembro de 2018

LEITURAS


Nada melhor que, nas Leituras que, vamos, por aqui, reproduzindo, seja José Gomes Ferreira, a ocupar o lugar que foi de Mário Dionísio com a sua Autobiografia.

Dos Dias Comuns estão publicados 9 volumes.

1º Volume: Outubro de 1990
2º Volume: Setembro de 1998
3º Volume: Maio de 2000
4º Volume: Maio de 2004
5º Volume: Novembro de 2010
6º Volume: Janeiro de 2013
7º Volume: Março de 2015
8º Volume: Fevereiro de 2017
9º Volume: Março de 2018

Nove volumes publicados em 29 anos.

Mas agora nasceu-me uma leve esperança: a Leya está a publicar um volume por ano. Continuará assim? Se assim for, é provável que ainda consiga ler todos os Dias Comuns.

É provável…

Creio ter lido que são 20 o número de volumes que constituem os Dias Comuns. Vamos no nono volume. A um por ano chegaríamos ao ano de 2019 e eu teria, então, 84 anos.

Não sei bem como lá chegarei, mas não deixaria de ser bonito.

A ver vamos, como diria o velho cego.

Os Dias Comuns começam em Outubro de 1965 e vêm registando registam a memória de um Portugal amordaçado que alguns – não são assim tão poucos!... – querem que se esqueça.

Personagens como José Gomes Ferreira são, hoje, muito difíceis de encontrar. É quase tudo gente morta.
José Gomes Ferreira é um memorialista militante mas, aos poucos, os últimos volumes não acompanham o glamour dos primeiros, mas é sempre uma prosa que se lê com agrado.

A 26 de Junho de 1970 escreve:

«Escrevo cada vez com mais dificuldades – numa luta terrível contra a preguiça das palavras.»

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