Nada melhor que, nas
Leituras que, vamos, por aqui, reproduzindo, seja José Gomes Ferreira, a ocupar
o lugar que foi de Mário Dionísio com a sua Autobiografia.
Dos Dias Comuns estão publicados 9 volumes.
1º Volume: Outubro de 1990
2º Volume: Setembro de 1998
3º Volume: Maio de 2000
4º Volume: Maio de 2004
5º Volume: Novembro de 2010
6º Volume: Janeiro de 2013
7º Volume: Março de 2015
8º Volume: Fevereiro de 2017
9º Volume: Março de 2018
Nove volumes publicados em 29 anos.
Mas agora nasceu-me uma leve esperança: a Leya está a publicar um volume por ano.
Continuará assim? Se assim for, é provável que ainda consiga ler todos os Dias
Comuns.
É provável…
Creio ter lido que são 20 o número de volumes que
constituem os Dias Comuns. Vamos no
nono volume. A um por ano chegaríamos ao ano de 2019 e eu teria, então, 84
anos.
Não sei bem como lá chegarei, mas não deixaria de ser
bonito.
A ver vamos, como diria o velho cego.
Os Dias Comuns
começam em Outubro de 1965 e vêm registando registam a memória de um Portugal
amordaçado que alguns – não são assim tão poucos!... – querem que se esqueça.
Personagens como José Gomes Ferreira são, hoje, muito
difíceis de encontrar. É quase tudo gente morta.
José Gomes Ferreira é um memorialista militante mas, aos
poucos, os últimos volumes não acompanham o glamour dos primeiros, mas é sempre
uma prosa que se lê com agrado.
A 26 de Junho de 1970 escreve:
«Escrevo cada vez
com mais dificuldades – numa luta terrível contra a preguiça das palavras.»
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