Continuamos a acompanhar os dias que se seguiram ao 11 de Março.
O jornal inglês Morning Star comentava a tentativa de golpe de estado em Portugal:
Com o exemplo do Chile no espírito muitos desejarão saber até onde a N.A.T.O. e os serviços de informação como a C.I.A. estão implicados.
Num relato «passo a passo» dos acontecimentos do 11 de Março, o Expresso revelava que, no dia 13 pelas 20,30 horas, uma esquadra da N.A.T.O. aproximou-se da costa portuguesa, mas não adianta pormenores, nem motivos.
O cinema Universal, antigo Cinema Bélgica, decidiu estrear o filme colectivo feito durante 1º de Maio e que nunca tinha sido visto: As Armas e o Povo.
Foi exibido durante 24 horas, em sessões contínuas e gratuitas.
A Federação Portuguesa de Hóquei em Patins foi superiormente autorizada a participar no Torneio Internacional de Montreux, que todos os anos se realiza, nas férias da Páscoa, naquela cidade suiça.
Spínola abandonou a sua residência na Quinta das Flores em Massamá.
Em três helicópteros, juntamente com mais 15 oficiais, Spínola chegou à base espanhola de Talavera La Real. Terá afirmado que nunca mais regressaria a Portugal e mostrou o desejo de encontrar asilo político fora de Espanha sem precisar a que país contava recorrer.
De um comunicado da Comissão Política do Partido Comunista Português:
A tentativa de golpe do 11 de Março foi derrotada. Mas não é de crer que a conspiração abrangesse apenas os responsáveis já conhecidos. Alguma coisa falhou no plano e isso significa que houve conjurados que, por qualquer razão, não entraram em acção.
A passos rápidos, o PREC chega-se à boca de cena.
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