terça-feira, 12 de março de 2013

HAVERÁ ELEIÇÕES!



Numa assembleia que reuniu perto de 200 oficiais do M.F.A., incluindo membros da Junta de Salvação Nacionakl e da Comissão Coordenadora e que foi presidida pelo Chefe de Estado General Costa Gomes, é decidido remodelar o governo, criar o Conselho da Revolução e manter as eleições para a data prevista.
À saída da reunião os jornalistas puderam ouvir breves declarações dos intervenientes.
O General Fabião, chefe do Estado-Maior do Exército (e membro da J.S.N) afirmou que os acontecimentos da Encarnação o surpreenderam um tanto. Andava «qualquer coisa no ar», realmente, mas daí até se pensar num ataque com meios aéreos e terrestres ia um grande passo.
Analisando os acontecimentos o Diário de Lisboa escrevia:
Sobre o 11 de Março apetece dizer que foi um erro histórico. Spínola fala de uma “causa perdida”: lá terá as suas razões, ele que se dizia «um general de reserva» e não na «reserva». De qualquer modo passa agora, em termos práticos, à reserva da nossa memória recente. Vigilantes, importa não o perdermos de vista.
Na véspera, Otelo Saraiva de Carvalho, em entrevista à Rádio Renascença, avisara:



 Numa fotografia publicada pelo Diário Popular, vêem-se populares, um deles é uma criança, a presenciarem o bombardeamento ao R.A.L. 1.


A legenda diz:
De arma aperrada, o militar não parece aperceber-se da presença de civis.



 Por mera curiosidade atente-se no que os telespectadores poderiam ver nesse 12 de Março de 1975.:



Mário Castrim intitulava a sua crítica de televisão: “Vitória em Março – um cheirinho a Primavera” e finalizava:

Foi dito com a clareza máxima: chegou o momento de se saber quem está e quem não está com o M.F.A.. Quem está com ele a sério, isto é, em defesa do povo português. É preciso saber quem invoca, sem ser em vão, o nome do M.F.A Na boca de muitos andadrá ele; nem todos se poderão gabar de o trazer no coração.

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