quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

JULITO: COMO VÃO ESSES OSSOS?


Naquela noite de 23 de Maio de 1961, a estreia de Eusébio com a camisola do Benfica, num jogo de reservas contra o Atlético., eu estava lá.

Lembro-me do meu avô a dizer: temos homem!

Depois foi o que se sabe.

Pelé e Eusébio

É impossível, seja quais forem as épocas, comparar jogadores e dizer qual o melhor.

Dizer que foram dois grandes jogadores é quanto basta.

O resto pouco importa.

Mas, colocado o benfiquismo ou o portuguesismo à parte - nem sei se isso é possível! -  tenho, para mim, que o Eusébio era um jogador mais entusiasmante que Pelé.

Depois aquela maneira selvagem de comemorar os golos, um salto de pantera e o projectar da mão como se lançasse uma seta, sabe-se lá para onde, e só depois é que corria para abraçar os companheiros.

O Eusébio realizou jogos espantosos que me ficaram na memória.

O tal do Campeonato do Mundo de 66 com a Coreia do Norte, revisto, na íntegra, há poucos dias na TVI

Um outro.

24 de Fevereiro de 1965, no Estádio da Luz, 1ª mão dos quartos de final da Taça dos Campeões Europeus, o dos 5 a 1 contra o Real Madrid.

Eusébio meteu dois golos – e não foram de penalty! como gostava de lembrar – tenho esse jogo como o melhor que vi o King realizar.

Por esse jogo, e tantos outros, não ter, hoje, receio de dizer, que o meu mundo, o de tantas outras gentes, teria sido pior de viver sem Eusébio.

Sei do que falo.

Por aquelas épocas, a única substituição permitida era a do guarda-redes.

Lida que está a deliciosa crónica do jornalista Neves de Sousa, publicada no semanário Sete, de que não sei a data, o guarda-redes suplente do Real Madrid era mesmo Júlio Iglesias, o futuro-cantante-destruidor-de-corações.

As voltas que o mundo dá.

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