Naquela noite de 23 de Maio de 1961, a estreia de Eusébio com a camisola do Benfica, num jogo de reservas contra o Atlético., eu estava lá.
Lembro-me do meu avô a
dizer: temos homem!
Depois foi o que se sabe.
Pelé e Eusébio
É impossível, seja quais forem
as épocas, comparar jogadores e dizer qual o melhor.
Dizer que foram dois
grandes jogadores é quanto basta.
O resto pouco importa.
Mas, colocado o
benfiquismo ou o portuguesismo à parte - nem sei se isso é possível! - tenho, para mim, que o Eusébio era um jogador
mais entusiasmante que Pelé.
Depois aquela maneira
selvagem de comemorar os golos, um salto de pantera e o projectar da mão como se
lançasse uma seta, sabe-se lá para onde, e só depois é que corria para abraçar
os companheiros.
O Eusébio realizou jogos
espantosos que me ficaram na memória.
O tal do Campeonato do
Mundo de 66 com a Coreia do Norte, revisto, na íntegra, há poucos dias na TVI
Um outro.
24 de Fevereiro de 1965,
no Estádio da Luz, 1ª mão dos quartos de final da Taça dos Campeões Europeus, o
dos 5 a 1 contra o Real Madrid.
Eusébio meteu dois golos –
e não foram de penalty! como
gostava de lembrar – tenho esse jogo como o melhor que vi o King realizar.
Por esse jogo, e tantos
outros, não ter, hoje, receio de dizer, que o meu mundo, o de tantas outras
gentes, teria sido pior de viver sem Eusébio.
Sei do que falo.
Por aquelas épocas, a única
substituição permitida era a do guarda-redes.
As voltas que o mundo dá.
Sem comentários:
Enviar um comentário