domingo, 19 de janeiro de 2014

BREL EM VEZ DE CARTAS


Basta dizer que, quando apareceram no mercado os primeiros gravadores a preço acessível, deixámos de escrever cartas às nossas namoradas. Comprávamos os discos de Brel, gravávamos esta ou aquela passagem, fazíamos uma espécie de montagem sonora e enviávamos a fita à sereiazinha cruel. E nesta bolsa de prendas amorosas, a cotação de uma canção de Brel valia bem duas dúzias de rosas.


Didier Decoin em Jacques Brel, Antologia Breve, Assírio & Alvim, Lisboa Setembro de 1985

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