10 de Julho de
1975
CINQUENTA E DOIS
dias depois, o jornal República regressou às bancas.
Como director,
aparece o nome do Coronel Pereira de Carvalho, proposto aos trabalhadores por
uma Comissão Administrativa, nomeada pelo Conselho da Revolução.
Os trabalhadores
tinham decidido que deveria ler-se «Sob a responsabilidade dos trabalhadores»
mas acabaram por aceitar a decisão da Comissão Administrativa.
César Oliveira
no seu Os Anos Decisivos:
«A evolução do jornal República – vital para o próprio Partido Socialista que ficava sem
um órgão de imprensa diário – iria cavar um abismo cada vez mais fundo num
bloco social e político indispensável seja para consolidar a democracia e
assegurar a originalidade da via portuguesa para o socialismo, seja para conter
as aspirações da direita e das forças conservadoras, cujos interesses haviam
sido profundamente lesados no caminho percorrido desde 25 de Abril.»
E acrescentava o
seguinte comentário:
«O PS «sempre se deu mal» com a imprensa após o 25 de
Abril. A Luta falhou, o Portugal
Hoje fracassou e todos os homens que o PS nomeou, quando no governo, para
cargos importantes nos órgãos de comunicação social, desde Mário Mesquita a José
Eduardo Moniz, ou saíram do PS ou passaram-se para o PSD.»
Fontes:
- Acervo
pessoal;
- Os Dias
Loucos do PREC de Adelino
Gomes e José Pedro Castanheira.
- Os Anos Decisivos de César Oliveira
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