Foi difícil a
minha infância e adolescência.
A família não tinha muito dinheiro e sobrevivíamos
com aquilo que a mercearia fiava, o velho rol. Bacalhau de todas as maneiras e
feitios, a minha avó materna era de uma habilidade gastronómica fora do comum.
Depois massa com toucinho e chouriço, toucinho e chouriço que também entravam
no feijão guisado com ovos escalfados.
Uma vez por mês
havia galinha ao domingo. Bifes, nem vê-los.
Leio agora que, durante
a recepção aos estudantes da Universidade de Coimbra, foi declarado que a partir
de Janeiro de 2020, a carne de vaca vai ser eliminada definitivamente de todas
as cantinas do estabelecimento de ensino superior. A iniciativa,
dizem, tem propósitos ambientais. Está em causa o futuro do planeta, dos nossos
filhos e netos.
Que me oferece dizer?
Melhor ficar por
aqui, o calor não me larga, se bem que hoje já tenha corrido um fresquinho, e
posso começar a disparatar.
Será que o Café Império vai deixar de servir bifes que, diga-se, já conheceram muitos melhores
dias?
É que sou um
militante activo de bifes, também de bifanas, principalmente aquelas que ainda
servem no Beira-Gare que são um «must» do colesterol.
1 comentário:
A norma académica será agora: fardos,feno,ervas avulsas,muita alface,leites e queijos de aveia e ou soja,muita soja,rebate e finaliza com a baga de Golgi.
Bejecas à vontade! Clarificam e alisam as mentes.
E cuidado,vamos evitando falar em costeletas,bifes,não tarda haverá Censura.
Familiar do st.ofício
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