quarta-feira, 18 de setembro de 2019

NOTÍCIAS DO CIRCO


Foi difícil a minha infância e adolescência.

A família não tinha muito dinheiro e sobrevivíamos com aquilo que a mercearia fiava, o velho rol. Bacalhau de todas as maneiras e feitios, a minha avó materna era de uma habilidade gastronómica fora do comum. Depois massa com toucinho e chouriço, toucinho e chouriço que também entravam no feijão guisado com ovos escalfados.

Uma vez por mês havia galinha ao domingo. Bifes, nem vê-los.

Leio agora que, durante a recepção aos estudantes da Universidade de Coimbra, foi declarado que a partir de Janeiro de 2020, a carne de vaca vai ser eliminada definitivamente de todas as cantinas do estabelecimento de ensino superior. A iniciativa, dizem, tem propósitos ambientais. Está em causa o futuro do planeta, dos nossos filhos e netos.

Que me oferece dizer?

Melhor ficar por aqui, o calor não me larga, se bem que hoje já tenha corrido um fresquinho, e posso começar a disparatar.

Será que o Café Império vai deixar de servir bifes que, diga-se, já conheceram muitos melhores dias?

É que sou um militante activo de bifes, também de bifanas, principalmente aquelas que ainda servem no Beira-Gare que são um «must» do colesterol.

1 comentário:

Anónimo disse...

A norma académica será agora: fardos,feno,ervas avulsas,muita alface,leites e queijos de aveia e ou soja,muita soja,rebate e finaliza com a baga de Golgi.
Bejecas à vontade! Clarificam e alisam as mentes.
E cuidado,vamos evitando falar em costeletas,bifes,não tarda haverá Censura.
Familiar do st.ofício