O Prazer de Matar
Fredric Brown
Tradução:
Mascarenhas Barreto
Capa: Lima de Freitas
Colecção Vampiro
nº 137
Livros do
Brasil, Lisboa s/d
A redacção do Herald estava suficientemente quente para cozer um bolo, embora o
relógio eléctrico, pendurado na parede, indicasse serem apenas dez horas e
meia. Dez e meia de uma manhã de sábado, em Julho, véspera de uma semana de
férias que me propunha gozar.
Em qualquer ponto do quarto, próximo do tecto, um
moscardo andava numa excitação demoníaca. O seu zumbido parecia-me mais alto do
que o martelar esporádico das máquinas de escrever. Ergui o olhar e
localizei-o; era enorme e voava de um lado para o outro, descrevendo círculos
rápidos.
Ao olhar para cima, senti o colarinho apertado e,
portanto, alarguei-o. Diabo de moscardo, disse para comigo, não sabes que num
escritório não há gado?
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