Antologia Pessoal da Poesia Portuguesa
Selecção ,
prefácio de Eugénio de Andarde
Campo das
Letras, Porto, Dezembro de 2002
Onde mora a memória obscura, onde
esse cavalo persiste como um relâmpago de pedra,
onde o corpo se nega, onde a noite ensurdece,
caminho sobre pedras na minha casa pobre.
onde o corpo se nega, onde a noite ensurdece,
caminho sobre pedras na minha casa pobre.
Não conheço esse lago, não fui a esse país.
Mas aqui é um termo ou princípio novo.
Com a baba do cavalo, com os seus nervos mais finos
reconstruí o corpo, silenciei os membros.
Não se estancou a sede, no mesmo caos de agora,
mas a língua rebenta, as vértebras estalam
por uma nova língua por um cavalo que una
a terra à tua boca, e a tua boca à água.
Poema de António
Ramos Rosa
Sem comentários:
Enviar um comentário