Junto à paragem do autocarro 730, na Rua Forno do Tijolo, alguém colou
este azulejo na parede.
Uma angústia e um desespero sem fim, levaram-no a escrever esta
mensagem.
Comprou o azulejo, desenhou a letra.
Não revela o nome do senhorio, não assina o texto, apenas um grito que
alguém escute, ele que ficou sem casa e apenas sabe isso.
As palavras falam por si.
Senhorios, empresários, banqueiros, a nata da nossa sociedade que,
durante anos faziam jantares sumptuosos no Beato para tratar das suas
negociatas, arrotando nos finalmente que este país não ia para a frente por
causa da corja dos trabalhadores.
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