sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

QUOTIDIANOS


Junto à paragem do autocarro 730, na Rua Forno do Tijolo, alguém colou este azulejo na parede.
Uma angústia e um desespero sem fim, levaram-no a escrever esta mensagem.
Comprou o azulejo, desenhou a letra.
Não revela o nome do senhorio, não assina o texto, apenas um grito que alguém escute, ele que ficou sem casa e apenas sabe isso.
As palavras falam por si.
Senhorios, empresários, banqueiros, a nata da nossa sociedade que, durante anos faziam jantares sumptuosos no Beato para tratar das suas negociatas, arrotando nos finalmente que este país não ia para a frente por causa da corja dos trabalhadores.

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