A velha imagem. Um deus à
minha espera,
nu e pobre.
Com firmeza artesanal da
hera,
presa ao muro que cobre.
Mas uma pedra humaníssima
destrói
a estrutura vegetal do
pólipo gigante:
bichinho que rói, rói,
e segue adiante.
Entanto, permanece
o mistério velado.
E uma rosa amanhece
neste Maio adiado.
Daniel Flipe em Natal… Natais
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