No Teatro Virgínia, em Torres Novas, no dia 21 de Dezembro, num
espectáculo inicialmente anunciado como celebração de 50 anos de carreira, mas
que o músico, veio a revelar ter siso o da sua despedida dos palcos, Pedro
Barroso declarou que não abandona a intervenção crítica, nem a cidadania,
enquanto o último neurónio o permitir.
Na contracapa do álbum Do Lado de Cá de Mim, o crítico Viriato
Teles escrevia que o Pedro Barroso não era o melhor cantor do mundo, mas um
cultivador de cantigas simples, fadigas sem conta, reflexo de um tempo e de um
espaço bem definidos, fazendo o que se pode, como se pode.
Pedro Barroso gravou com Patxi Andión a canção «Rumos» que será
incluída no CD «Novembro» a publicar brevemente.
Patxi Andión, no dia 18 de Dezembro, morreu num estúpido despiste de
automóvel na província de Soria.
Tanto Pedro Barroso como Patxi Andión foram revelados ao público
português, no ano de 1969, através do programa Zip-Zip.
Que lutas nos sobram, que
ninhos
Que gaivotas esvoaçam pelo
mar?
Que sustos e dores e
caminho
Que causas inda há para
lutar?
Versos da canção «Rumos».
E que viva quem canta!
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