Cem Sonetos de Amor
Pablo Neruda
Tradução
Albano Martins
Capa: Joana
Quental
Campo das
Letras, Porto, Maio de 2004
Soneto LXXXIX
Quando eu morrer quero as tuas mãos em
meus olhos;
quero a luz e o trigo de tuas mãos
amadas
passar uma vez mais sobre mim a sua frescura:
sentir a suavidade que mudou o meu destino.
Quero que vivas enquanto eu, adormecido, te espero,
quero que teus ouvidos continuem a ouvir o vento,
que sintas o perfume do mar que ambos amamos
e continues a pisar a areia que pisamos.
Quero que tudo o que amo continue vivo
e a ti ame-tei e cantei-te sobre todas as coisas
por isso, ó florida, continua a florir,
para que alcances tudo o que meu amor te ordena,
para que a minha sombra passeies pelos teus cabelos
para que assim conheçam a razão do meu canto.
passar uma vez mais sobre mim a sua frescura:
sentir a suavidade que mudou o meu destino.
Quero que vivas enquanto eu, adormecido, te espero,
quero que teus ouvidos continuem a ouvir o vento,
que sintas o perfume do mar que ambos amamos
e continues a pisar a areia que pisamos.
Quero que tudo o que amo continue vivo
e a ti ame-tei e cantei-te sobre todas as coisas
por isso, ó florida, continua a florir,
para que alcances tudo o que meu amor te ordena,
para que a minha sombra passeies pelos teus cabelos
para que assim conheçam a razão do meu canto.
2 comentários:
Do Pablo Neruda tenho um livro que tem dos mais belos títulos que conheço: "Confesso que vivi".
Um outro volume, «Nasci para Nascer, já apresentado, em «Olhar as Capas, completa o retrato humano e social de Pablo Neruda. Termina em 1971, com o discurso que Neruda proferiu em Estocolmo aquando da entrega do Prémio Nobel.
O volume contém também poemas de Neruda, brilhantemente traduzidos por Mário Dionísio.
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