Por isto ou por aquilo a TAP anda sempre pelas páginas
dos jornais, pelos noticiários das televisões.
Não é só de agora e quase nunca por bons motivos.
No dia 12 de Agosto de 2009, Manuel António Pina escrevia
a sua habitual crónica no Jornal de Notícias.
E era sobre a TAP:
«As más notícias
são que a TAP atravessa, segundo o Conselho de Administração de Fernando Pinto,
uma "crise gravíssima", tendo tido no ano passado 280 milhões de
euros de prejuízos e vendo-se forçada a pedir sacrifícios aos trabalhadores e a
recusar-lhes aumentos salariais.
As boas são que, no mesmo ano de 2008, os administradores atribuíram-se "prémios" com que duplicaram os seus vencimentos (Fernando Pinto, por exemplo, levou 816 mil euros, em vez dos miseráveis 30 mil mensais mais regalias que lhe cabiam); e que decidiram entretanto adquirir 42 automóveis topo de gama para si e as dezenas de directores avulsos que enxameiam a empresa, pois deslocavam-se todos em viaturas "velhas" de quatro anos, impróprias das suas altas funções. Trata-se de uma inovadora ideia de gestão: vão-se os dedos mas fiquem os anéis (e comprem-se mais). Deve-se, a inventiva ideia, a Dali que, contava Gala, era nos momentos em que atravessava "crises gravíssimas" que mais gastava, pois, argumentava ele, "a piedade dos vizinhos mata". A TAP pode morrer, mas ninguém há-de ter razões para se apiedar dos seus administradores.»
As boas são que, no mesmo ano de 2008, os administradores atribuíram-se "prémios" com que duplicaram os seus vencimentos (Fernando Pinto, por exemplo, levou 816 mil euros, em vez dos miseráveis 30 mil mensais mais regalias que lhe cabiam); e que decidiram entretanto adquirir 42 automóveis topo de gama para si e as dezenas de directores avulsos que enxameiam a empresa, pois deslocavam-se todos em viaturas "velhas" de quatro anos, impróprias das suas altas funções. Trata-se de uma inovadora ideia de gestão: vão-se os dedos mas fiquem os anéis (e comprem-se mais). Deve-se, a inventiva ideia, a Dali que, contava Gala, era nos momentos em que atravessava "crises gravíssimas" que mais gastava, pois, argumentava ele, "a piedade dos vizinhos mata". A TAP pode morrer, mas ninguém há-de ter razões para se apiedar dos seus administradores.»
1
A companhia aérea de baixo custo EasyJet anunciou que vai despedir 4.500 trabalhadores e reduzir a frota, devido à diminuição da procura.
A companhia aérea britânica, que emprega 15 mil pessoas em oito países da Europa, revelou que vai iniciar conversações com os trabalhadores nos próximos dias.
2
Os Estados Unidos ultrapassaram os 100 mil mortos.
3.
Os colombianos criaram camas de hospital de cartão que se
transformam em caixões.
4
Sempre vai haver a festa do livro no Parque Eduardo VII.
A 90ª edição da Feira do Livro ocorrerá entre os dias 28
de Agosto e 13 de Setembro, com naturais restricções e condicionalismos, mas os
livros sairão à rua.
5
As consequências económicas da pandemia de Covid-19 podem levar cerca de 86 milhões de crianças a mais à pobreza até final do ano, segundo um estudo divulgado hoje pela organização não-governamental Save the Children da UNICEF. No total, serão 672 milhões de crianças afectadas pela pobreza este ano, o que traduz um aumento de 15% em relação à 2019.
6.
A escritora Luísa Costa Gomes sobre a morte de Maria
Velho da Costa:
Em vez de chorar o
desaparecimento da Maria Velho deviam ler os livros que publicou ao longo da
vida. Está tudo nos livros, a voz dela está lá toda, viva».
7.
Pelo menos cinco bairros sociais na Grande Lisboa têm
casos de covid-19.
Além dos 32 casos confirmados pela DGS espalhados por
três bairros no Seixal (só o da Jamaica e de Santa Marta, em Corroios, foram
identificados), há também famílias infectadas no Bairro da Torre (Loures) e
Alfredo Bensaúde (Olivais).
Segundo o jornal Público,
há em Lisboa 200 bairros ilegais, campo fértil para o vírus.
8.
Fiquem em casa.
Agora podem sair de casa.
Contudo o vírus ainda se passeia por aí e não sabemos
quando terminará o seu caminhar.
A sobrevivência está na linha da frente.
Isto não está para acabar e é bem capaz de não acabar
bem.
O medo.
Acima de tudo o medo.
9.
A vida é dizer-se adeus a um espelho.
Ramón Gómez de
la Serna em Greguerías
1 comentário:
E a vergonha dos prémios aos CEO's (creio que é assim que eles se designam uns aos outros) continua...e o que me admira é que o Professor Marcelo não diz nada...e a maioria daqueles duzentos e tais (alguns marcam as presenças uns pelos outros e o Ferro cala-se) que estão lá no Parlamento, pagos por nós, nem uma palavrinha.
É um fartar...
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