Quando a poesia tem o teu rosto,
e o verso coincide com o número
dos teus dedos, volto a contar a métrica
pelo silêncio duns lábios fechados.
Sinto em cada sílaba a tua pele,
ouço em cada rima um canto de amor;
e se a conta não acerta no fim,
volto à tabuada que me ensinaste.
Ponho o singular do corpo na mesa,
tiro o plural dos olhos do caderno;
divido pelos ombros os cabelos,
somo aos seios o véu que os encobre.
e o verso coincide com o número
dos teus dedos, volto a contar a métrica
pelo silêncio duns lábios fechados.
Sinto em cada sílaba a tua pele,
ouço em cada rima um canto de amor;
e se a conta não acerta no fim,
volto à tabuada que me ensinaste.
Ponho o singular do corpo na mesa,
tiro o plural dos olhos do caderno;
divido pelos ombros os cabelos,
somo aos seios o véu que os encobre.
Nuno Júdice
Sem comentários:
Enviar um comentário