Duas-meditações-duas de Ana Cristina Leonardo no Café do Monte via Meditação na Pastelaria:
Assistir à resistência com que os ucranianos vêm fazendo face à invasão
russa não é coisa de somenos, mas a partir de determinada altura há quem
sucumba ao fascínio pela desgraça alheia. Uma derrapagem para a cultura de
morte, talvez a servir de contraponto ao tédio de dias tão incessantemente
burgueses (de quando a palavra "burgueses" era empregue no seu
sentido deplorável).
Voltando a citar Claudio Magris que citava Joseph Roth que citava o Imperador Francisco José: «as guerras perdem-se».
B)
No meio de uma situação de guerra desesperada, o presidente dos EUA,
puxando dos seus galões, acusa Zelensky de ter sido avisado e de não ter
querido ouvir os norte-americanos quando estes lhe diziam que a Rússia estava
prestes a invadir a Ucrânia.
«Zelenskyy didn’t want to hear it», afirmou Biden na passada
sexta-feira.
Independentemente da mais do que duvidosa oportunidade da declaração,
pergunto-me: «Ok. Vamos dar de barato que eles avisaram e Zelensky não quis
ouvir. E se tivesse ouvido? Tinha-se antecipado a Putin e invadido ele a
Rússia?».
É só génios a mandar no mundo!
1.
Recentemente o Bispo Dom
José Ornelas, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, disse que falar
em encobrimento de abusos sexuais na Igreja é descabido
Existem vários
indícios de que os padres portugueses não estão a colaborar, como devia ser sua
obrigação, com a Comissão Independente para o Estudo dos Abusos de Menores na
Igreja.
Os membros da Comissão têm a mesma opinião.
2.
O funcionamento da Assembleia da República, incluindo subvenções aos partidos políticos e grupos parlamentares, custa 24 milhões de euros por ano.
3.
A dívida pública portuguesa aumentou três mil milhões de euros em Abril e atingiu o seu maior valor de sempre, 279 mil milhões de euros;
4.
O observatório fiscal da União Europeia Identificou 819 imóveis detidos por portugueses no Dubai.
5.
Em Portugal estão identificadas 8209 pessoas na situação de sem abrigo, a maior parte em Lisboa e no Porto;
6.
Mais de 2.500 médicos e enfermeiros saíram do Serviço Nacional de Saúde nos tempos da pandemia.
Sem comentários:
Enviar um comentário