Num dia triste para a América, num dia triste para o mundo, deu-me para ir ao Outro Lado as Estantes buscar um importante documento.
Os catálogos do ciclo O Musical trabalho conjunto da Cinemateca Portuguesa e da Fundação Calouste Gulbenkian, em que de 20 de Dezembro de 1985 a 27 Março de 1986 foram vistos 180 filmes.
O catálogo são quatro volumes metidos em duas caixas, com cerca de 2.000 páginas.
«A expressão «Cinema Musical adequa-se a qualquer filme (antes ou depois do da invenção do sonoro) em que a música tenha tido um papel importante», João Bénard da Costa dixit.
PRIMEIRO VOLUME
Tem o título de Aberturas com intervenções de Carlos de Pontes Leça, João Bénard da Costa, João Paes, Luís de Pina, Miguel Esteves Cardoso.
SEGUNDO VOLUME
Titulado com Libretos, com intervenções de João Bénard da Costa. Manuel S. Fonseca, João Lopes, João Gabriel Trindade dos Santos, José de Matos Cruz, José Manuel Costa, Luís de Pina
TERCEIRO VOLUME
Chamaram-lhe As Pautas e tem colaboração de Miguel Esteves Cardoso.
QUARTO VOLUME
Com o título de As Letras tem colaboração de João Bénatd da Costa
De cada volume fizeram-se 2.000 exemplares, há muito esgotados e que, provavelmente, não voltarão a a ter outra edição.
Quem gosta de Cinema, quem gosta de musicais, tem aqui a tudo e mais alguma coisa.
Não tenho memória do primeiro musical que vi. Quase de certeza deveriam conter os passos de magia de Fred Astaire, as pernas de Cyd Charisse. O último direi com a certeza das certezas, e não só por ter sido visto há poucas semanas: One From The Heart, o mais grandioso filme, o sonho mais louco de Francis Ford Coppola que o levou à falência.
A primeira vez que vi Do Fundo do Coração foi na magnífica sala do Apolo 70. Depois fui a quase todas as exibições que aconteceram na Cinemateca Portuguesa.
Diga-se que há dias morreu Teri Garr que não sei onde se juntou a Raul Julia um dos seus comparsas na noite fabulosa daquele 4 de Julho, amores conquistados, amores perdidos, amores reconquistados, tudo à volta da genial banda sonora de Tom Waits.
Não resisti à tentação de reproduzir a crítica que Manuel S. Fonseca escreveu para este catálogo com a alegria que é importante destacar que a crítica seja parcial e entusiasmante.
Claro que nunca poderemos esquecer que a América, de novo, foi capaz de eleger para presidente um criminoso, um aldrabão capaz de tudo e de mais alguma coisa.
É isso que o novo ano trará ao mundo.
Fatalmenete?
Lembrava José Pacheco Pereira: «As democracias não deviam permitir que alguém que é criminosos, que despreza as leis e a Constituição tenha condições para se candidatar».
1 comentário:
Estes quatro volume de ",O MUSICAL", são uma verdadeira pérola (que eu não conhecia).
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